Análise de Teoria Fundamentada com o MAXQDA: Guia Passo a Passo

O MAXQDA oferece suporte a diversas métodos de pesquisa, incluindo a teoria fundamentada, ajudando o pesquisador coletar, organizar, analisar, visualizar e publicar seus dados. Este guia irá conduzi-lo através de ferramentas que ajudarão a começar com sua análise de teoria fundamentada apoiada pelo MAXQDA de forma rápida e fácil.

O que é a Teoria Fundamentada?

O princípio central da teoria fundamentada é que as teorias substantivas desenvolvidas pelo pesquisador sobre um determinado tópico são construídas com base em seus dados. Em outras palavras, ao coletar e analisar os seus dados qualitativos, o pesquisador pode construir uma nova teoria “fundamentada” nesses dados. A teoria fundamentada, portanto, começa com a coleta de dados com base em uma questão de pesquisa e não com o objetivo de testar uma hipótese.

Os princípios da teoria fundamentada foram articulados em 1967 pelos sociólogos Barney Glaser e Anselm Strauss em seu livro The Discovery of Grounded Theory. A ideia de começar pelos dados para criar a teoria contradizia as tradições metodológicas anteriores, que sugeriam aos pesquisadores verificar a teoria formulada durante a coleta de dados.

A teoria fundamentada é a descoberta da teoria a partir de dados obtidos sistematicamente em pesquisas sociais.

Glaser e Strauss, 2017

A teoria fundamentada continua sendo uma das estruturas metodológicas qualitativas mais populares usadas pelos pesquisadores atualmente. Isso pode ocorrer porque a metodologia da teoria fundamentada e sua aplicação “promovem a visão de seus dados de novas maneiras e a exploração de suas ideias sobre os dados por meio da escrita analítica precoce” (CHARMAZ, 2006). Existem também muitas iterações no processo da teoria fundamentada, especialmente quando se trata de codificação. Este guia servirá, portanto, como um manual prático para a análise de dados com o MAXQDA, em vez de uma avaliação metodológica da própria teoria fundamentada.

Análise da Teoria Fundamentada nos Dados com MAXQDA

Na análise de dados baseada na teoria fundamentada, o pesquisador segue os seguintes procedimentos: encontrar temas repetidos através da revisão completa dos dados, codificar os temas emergentes com palavras-chave e frases, agrupar os códigos em conceitos de forma hierárquica e categorizar os conceitos por meio da identificação do relacionamento. Por fim, as categorias criadas nesse processo, bem como as ligações encontradas entre elas, são utilizadas para o desenvolvimento de uma nova teoria substantiva.

As principais etapas no uso do MAXQDA para analisar dados qualitativos com base na metodologia da teoria fundamentada são o que chamamos de ‘4 Cs’:

1. Codificação dos dados;

2. Customização (personalizar) o sistema de código;

3. Construção de categoria com codificação criativa;

4. Construir teorias com MAXMaps.

Estes passos facilitam o processo de análise que fornece ao pesquisador a liberdade de construir novas teorias, ao invés de coletar dados para testar até que uma teoria estabelecida se aplica aos fenómenos sociais que estão sendo estudados. Contudo, a liberdade que a teoria fundamentada concede ao pesquisador também pode ser um dos seus maiores desafios quando colocada em prática.

Sem uma estrutura rígida ou regras prescritas, os pesquisadores devem trabalhar por conta própria, o que muitas vezes leva à incerteza sobre como iniciar o processo de análise. A pesquisa com o uso da teoria fundamentada, especialmente quando conduzida com o método comparativo constante de análise de dados, é “uma tarefa trabalhosa que exige que o pesquisador invista tempo nos processos de análise e coleta de dados” (Kolb, 2012).

Conforme mostrado acima, o processo fica muito mais claro quando você usa software. Com o MAXQDA, você pode pesquisar segmentos de dados à medida que codifica os dados e ter ideias analíticas, permitindo desenvolver a teoria em tempo real! Se você ainda não possui uma licença MAXQDA, baixe o teste gratuito de 14 dias para começar:

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Etapa 1: Codificação dos dados

A codificação é a primeira e a principal etapa entre a coleta de dados e o desenvolvimento de uma teoria válida a partir dos dados. Um “código” é uma palavra-chave ou rótulo usado para identificar o conteúdo de um segmento de dados que irá facilitar localizar este conteúdo novamente.

Os códigos criam organização para os dados. Pense no catálogo de palavras-chave de uma biblioteca, por exemplo. Os catálogos ajudam você a encontrar o livro certo e, ao mesmo tempo, fornecem uma visão geral dos tópicos sobre os quais a biblioteca tem livros. Claro, a utilidade de tal catálogo dependerá da usabilidade do sistema de índice e da precisão das palavras-chave atribuídas. Esta mesma utilidade e usabilidade depende também do trabalho de codificação realizado pelo pesquisador. Atribuir códigos a segmentos de textos, imagens ou filmagens de áudio/vídeo no MAXQDA é conhecido como “codificação”.

Fonte: Verbi Software (2021).

A codificação na teoria fundamentada pode ser dividida em duas fases principais:

a. Primeiro, há o estágio inicial de “codificação aberta“. Nesse estágio, o pesquisador trabalha em estreita colaboração com os dados, tentando nomear linhas ou segmentos específicos dos dados criando códigos. É importante manter a mente aberta para evitar limitar o número de códigos. Os códigos principais serão refinados durante as fases de análise subsequentes.

b. A ​​”codificação seletiva” em estágios avançados do processo de codificação (também conhecida como segunda, terceira, … rodadas de codificação) que vem a seguir. Nesses estágios posteriores de codificação, o pesquisador concentra sua codificação para definir os códigos de nível superior mais significativos e classificar os códigos de nível inferior criados durante a fase de codificação inicial. (Veja as etapas 2 e 3).

Codificação MAXQDA

O MAXQDA oferece várias opções de codificação além da técnica clássica de arrastar e soltar. Há a codificação por cores, ou “codificação de realce”, que funciona como destaque de uma passagem de texto em um livro utilizando um marcador colorido a mão. A opção de roda de cores do MAXQDA para escolher a cor do seu código oferece infinitas opções para tornar segmentos de dados importantes mais fáceis de entender e mais atraentes para apresentar em seu relatório final.

Como os códigos devem ser baseados nos dados, uma das técnicas de codificação mais populares na análise da teoria fundamentada é conhecida como “codificação in vivo“: o uso das próprias palavras ou frases encontradas nos dados, como transcrições de entrevistas ou textos, como códigos.

Escolha a opção de codificação que funciona melhor para você.

A função de codificação in vivo do MAXQDA foi projetada especificamente para ajudar a facilitar esse tipo de análise baseada em teoria fundamentada. Basta selecionar a(s) palavra(s) que você deseja usar como código e clicar no símbolo ‘in vivo’ na barra de ferramentas da janela de navegação do documento. A palavra selecionada será adicionada à janela “Sistema de Código” como um código para esse pequeno segmento de texto.

As várias opções de codificação do MAXQDA também podem ser selecionadas no menu de contexto que aparece quando você seleciona um segmento de documento e clica com o botão direito do mouse. Conforme imagem anterior.

Etapa 2: Personalizando o Sistema de Código

Durante as ‘rodadas’ posteriores de codificação, o pesquisador analisa os dados que já codificou novamente usando a técnica de codificação seletiva mencionada acima. Agora você pode criar hierarquias de código classificando os códigos em ‘códigos pais’ e ‘subcódigos’ na janela “Sistema de Código” do MAXQDA. Este processo ajudará você a criar e refinar o que é chamado de ‘árvore de código’, que permitirá que você identifique facilmente códigos com conteúdo semelhante e os agrupe em conceitos.

Estágios avançados de codificação com MAXQDA

O MAXQDA ajuda você com esta etapa permitindo que você tenha seus códigos organizados em uma estrutura hierárquica. Isso significa que você pode criar vários subcódigos, seguidos por subcódigos de subcódigos. O Sistema de Código também é automaticamente mostrado como uma estrutura de árvore na tela, que você pode abrir em uma janela separada se seu sistema de código tiver uma estrutura complicada com muitos subcódigos.

Esta estrutura hierárquica pode conter até dez níveis e o número total de códigos é ilimitado. Os números na coluna mais à direita da janela “Sistema de Código” indicam o número de segmentos codificados, permitindo que você rastreie facilmente sua frequência. Você também pode expandir ou fechar as subcategorias clicando no ícone de seta ao lado do código, conforme mostrado abaixo:

Personalize facilmente sua árvore de código com o MAXQDA.

Etapa 3: Criação de categorias com codificação criativa

Na análise da teoria fundamentada, as categorias são criadas agrupando conceitos semelhantes na segunda metade da fase de codificação seletiva (ou terceira fase da codificação, como descrito por alguns especialistas). Essas categorias serão, em última análise, a base para a estrutura da nova teoria porque o pesquisador será capaz de rotular os links entre as categorias teoricamente (SCHEREIBER, 2001). Quando novos códigos são gerados, classificados e organizados na estrutura de código hierárquico, os relacionamentos entre os códigos começam a emergir.

função de codificação criativa do MAXQDA é a ferramenta perfeita para esse processo de categorização porque fornece ao pesquisador um grande espaço de trabalho no qual os códigos podem ser movidos e classificados livremente para formar grupos significativos. Para começar, basta clicar em Codificação criativa na guia do menu Códigos na parte superior da tela para ativar o Modo de codificação criativa. Você verá o seguinte espaço de trabalho na tela:

Selecionando códigos para codificação criativa.

Arraste os códigos com os quais deseja trabalhar da janela “Sistema de Código” e solte-os no espaço de trabalho do MAXMaps. Agora você pode agrupar e organizar livremente os códigos com o mouse, criar novos códigos pais e subcódigos, se necessário, e alterar a cor dos códigos conforme desejado. O MAXQDA fornece uma barra de ferramentas fácil de usar para todas essas funções que aparecerão acima do espaço de trabalho.

Depois de terminar de organizar seus códigos, saia do Codificação Criativa para aplicar as alterações à sua árvore de códigos. Clique no símbolo ‘Sair da Codificação Criativa’ no canto superior esquerdo da janela e escolha ‘sim’ na janela pop-up.

Etapa 4: Construindo a teoria com MAXMaps

Após a fase de codificação seletiva, os vínculos teóricos entre as categorias ficarão mais claros. A próxima etapa na teoria fundamentada é a fase de amostragem teóricana qual dados selecionados adicionais são coletados para desenvolver a teoria emergente e elaborar as principais categorias que a constituem (BRECKENRIDGE, JONES, 2009).

Recomendamos usar o recurso MAXMaps do MAXQDA para criar um diagrama visual da sua teoria neste estágio. O MAXMaps permite que você visualize conexões complexas nos dados e relacionamentos na teoria criando mapas conceituais que mostram como os diferentes elementos estão relacionados entre si.

Você pode começar com um mapa em branco no qual você pode facilmente arrastar e soltar elementos, ou pode usar um dos vários modelos do MAXMaps para importar automaticamente as conexões encontradas em seus dados.

Modelo de Teoria de Código

Por exemplo, se você estiver interessado em examinar as conexões dentro de uma categoria específica, você pode usar um Modelo de Teoria de Código para exibir as conexões entre um código, seus subcódigos e anotações, como mostrado aqui:

Modelo de Teoria de Código com integração de subcódigos em dois níveis.

Você também pode criar tabelas e planilhas para obter uma melhor perspectiva dos elementos dentro de um projeto, bem como encontrar facilmente as fontes de seus dados porque todos os elementos usados ​​em um mapa são interativos, o que significa que estão conectados ao projeto MAXQDA. Basta clicar duas vezes no ícone para abrir o documento, segmento codificado ou anotação para ler ou até mesmo modificar o trabalho de análise que o levou à teoria que você está visualizando. O MAXMaps é a ferramenta perfeita para encontrar facilmente os lugares em sua teoria onde mais dados são necessários durante a fase de amostragem teórica em sua análise de teoria fundamentada.

Processo Cíclico da Teoria Fundamentada

É claro que, embora tenhamos delineado várias etapas e dado sugestões sobre como o MAXQDA pode dar suporte à sua pesquisa, a análise da teoria fundamentada não é um processo linear; durante os estágios posteriores da amostragem teórica, o pesquisador deve codificar novos dados e, nesse ponto, pode querer revisar algumas das categorias que já desenvolveu, o que significa que o ciclo começará novamente.

Não desanime! O processo cíclico pode parecer assustador no começo, mas a cada rodada de testes e aprimoramento de suas categorias usando o MAXQDA, sua teoria se tornará mais clara e resiliente. Lembre-se, se você chegou até aqui, está perto da linha de chegada da construção de uma nova teoria, o que pode mudar a forma como seu tópico é visto de agora em diante.

DICA: A IMPORTÂNCIA DAS ANOTAÇÕES

As anotações são um componente essencial da análise da teoria fundamentada. Ao codificar, é importante analisar criticamente o progresso à medida que você avança, e é melhor anotar esses pensamentos. As anotações são o lugar onde o pesquisador pode anotar e acompanhar suas ideias de forma informal, bem como acompanhar o raciocínio por trás dos passos que está tomando à medida que sua pesquisa progride. Além disso, e possivelmente o mais importante, novas ideias e insights que podem se desenvolver organicamente por meio do processo de escrever anotações.

Você pode organizar suas anotações da maneira que se sentir mais confortável, mas recomendamos fortemente adicionar um título e explicar a qual segmento de dados eles estão se referindo. Ao reservar alguns minutos extras para organizar suas anotações, você economizará muito mais tempo durante os estágios posteriores de codificação e relatórios. Felizmente, o MAXQDA automatiza várias etapas para você, para que você não precise mais escrever à mão e dispor suas notas com cartões ou post-its!

Como criar anotações no MAXQDA

As anotações são parte integrante de qualquer projeto MAXQDA, assim como a escrita de anotações é parte essencial da pesquisa de teoria fundamentada. O design intuitivo do MAXQDA permite flexibilidade em abordagens metodológicas e oferece suporte para que você seja tão criativo quanto desejar durante seus processos de pesquisa e análise.

Você pode diferenciar entre vários tipos de anotações dentro do MAXQDA que então têm papéis diferentes em sua análise. No MAXQDA, anotações podem ser anexados a documentos, grupos de documentos, arquivos de áudio e vídeo, etc. Anotações também podem ser atribuídos aos próprios códigos. Anotações de código geralmente contêm definições de categoria e exemplos de âncora, que podem esclarecer o significado das categorias que você cria por meio da análise de teoria fundamentada e explicar seu link de volta às citações originais. Além disso, existe até a opção de criar uma anotação “livre”, que não é anexado a nada além do projeto.

Para criar uma anotação, clique duas vezes no ícone da anotação e uma janela de diálogo aparecerá. Dê um nome para sua anotação e adicione o texto. Os campos ‘Autor’ e ‘Data de criação’ são preenchidos automaticamente para ajudar você a economizar tempo.

Janela de diálogo de anotação do MAXQDA.

Tipos de anotações

Tipos de anotações Em seguida, você pode escolher atribuir um ‘tipo’ a sua anotação usando os símbolos fornecidos pelo MAXQDA. Ao conduzir uma análise de teoria fundamentada, recomendamos fortemente classificar suas anotações em tipos. Anotações Teóricas são o tipo mais comum de anotação usada na análise de GT porque elas descrevem as ideias do pesquisador por trás de suas atividades de análise.

O pesquisador ‘teoriza’ a partir dos dados escrevendo anotações para extrair significado teórico por trás dos códigos e relações lógicas entre os códigos durante o processo de codificação.

Glaser (1998)

No seu projeto MAXQDA, você pode escolher usar o ícone de anotações com um “T” para representar anotações teóricas, o ícone de anotação com um “M” para anotações metodológicas, atribuir o ícone azul para ideias geradas in vivovermelho para ideias de pesquisas anteriores e assim por diante. Portanto, você pode personalizar seu sistema de organização de anotações da maneira que for melhor para você.

Quando você terminar de escrever uma anotação, simplesmente feche a janela e o MAXQDA o salvará automaticamente. Além disso, as informações que você adiciona a uma nova anotação são salvas na janela de anotação aberta em intervalos regulares de 5 minutos. Então você não precisa se preocupar em perder suas ideias se fechar acidentalmente a janela de diálogo!

Visão geral das anotações

Com tantas opções e tipos diferentes de anotações disponíveis no MAXQDA, você pode achar útil ter uma visão geral de todo o seu trabalho e informações de anotação. A Visão geral de anotações do MAXQDA foi criada especificamente para esse propósito e pode ajudar você a economizar muito tempo quando começar a escrever. A maneira mais rápida de acessar a Visão geral de anotações é na guia Relatórios na parte superior da tela no MAXQDA.

Uma nova janela de diálogo será aberta com uma tabela contendo todas as informações importantes sobre suas anotações, incluindo onde a anotação está, o título, o autor, sua origem e uma prévia do conteúdo da anotação.

A partir daí, você pode navegar pelo seu trabalho, filtrar as anotações por coluna para encontrar informações específicas e pular para a anotação que está procurando. Reunir e visualizar seus pensamentos durante todo o processo de análise da teoria fundamentada nunca foi tão fácil!

Janela de diálogo Visão geral das anotações do MAXQDA.

REFERÊNCIAS

BRECKENRIDGE, J.; JONES, D. Demystifying Theoretical Sampling in Grounded Theory Research. The Grounded Theory Review, vol.8, no.2, p. 113-23, 2009.

CHARMAZ, K. Constructing Grounded Theory: A Practical Guide Through Qualitative Analysis. London: SAGE, 2006.

Glaser, B. Doing Grounded Theory: Issues and Discussions. Sociology Press, 1998.

GLASER, B.; STRAUSS, A. The Discovery of Grounded Theory: Strategies for Qualitative Research. New York: Routledge, 2017.

KOLB, S. M. Grounded theory and the constant comparative method: Valid research strategies for educators. Journal of Emerging Trends in Educational Research and Policy Studies, v.3, i.1, 2012.

VERBI. Grounded Theory Analysis with MAXQDA: Step-By-Step Guide. BLOG. Berlim, Alemanha: VERBI Software, 2021. Disponível em: https://www.maxqda.com/blogpost/grounded-theory-analysis. Acesso em: 21/07/2024.

Schreiber, R. S.; Stern, P. N. Using grounded theory in nursing. Springer Publishing Company, 2001.

Fonte: Blog MAXQDA.

Disponível em: https://www.maxqda.com/blogpost/grounded-theory-analysis

Tradução: Prof. Dr. Eder Junior Alves.

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